Empresa diz que crise atrasou início das obras da nova rodoviária de Sinop. Dilmair contesta afirmação

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A Comissão Especial criada para investigar o contrato entre a prefeitura de Sinop a o Grupo JVF, vencedor da concessão para construção da nova rodoviária, se reuniu na tarde desta segunda-feira (25) para ouvir do diretor presidente da empresa, José Virgílio, as razões pelas quais a obra ainda não saiu do papel.
A discussão em torno do novo terminal tomou corpo em 2014 e após a licitação ficou definido que o consórcio vencedor deveria entregar a obra em 2016. A nova rodoviária, no entanto, ficou apenas na maquete.
Nos últimos anos a empresa apresentou diversos pedidos de dilatação de prazos para apresentação dos projetos e documentos necessários para a liberação do alvará de construção. Após entendimento com o executivo municipal novas datas de início e entrega do terminal foram definidas, mas igualmente descumpridas.
Questionado, José Virgilio culpou as crises econômica e política que assolaram o Brasil no período. “2016 foi o auge da crise. 2016, 2017 e 2018 uma crise política e econômica muito grande no Brasil como um todo. Esse foi o principal motivo. Depois, vários projetos tiveram de ser modificados. Houve mudanças para melhor e não teve como ser executado antes de 2019”, justificou.
Segundo o diretor os novos projetos foram apresentados porque estudos de viabilidade econômica mostraram que Sinop não comporta dois shopping centers, uma vez que já há um em construção e o projeto deles prevê também dezenas de lojas, cinema e até um hotel. Sem resposta do “mercado” o projeto terá de ser feito em etapas.
A posição desagradou os membros da comissão. Para o relator, vereador Dilmair Callegaro (PSDB), a resposta não convenceu. “Sinop tem um crescimento a nível de China. Esse tipo de justificativa não convenceu. Até porque teve um edital, você saberia tudo que estava que estava dentro do edital e o prazo para fazer a concorrência. Se você ganhou é porque você tinha um projeto definido para aquilo”, disse o vereador.
Para o tucano, a impressão é que a empresa vem tentando ganhar tempo para conseguir parceiros para o negócio. “Estamos com todos os prazos extrapolados e a preocupação da Câmara de Vereadores é que esse projeto saia do papel e num possível aditivo de contrato, que entre algumas cláusulas que deem efetividade. Não acontecendo, que se torne o contrato por encerrado e se faça outra concessão para a população não ficar esperando, desabafou.
A empresa deve protocolar amanhã na prefeitura um novo pedido de prazo (60 dias) para entregar o que deve ser o projeto definitivo. Segundo o diretor, se o pedido for aceito as obras podem iniciar em junho. O prazo de 12 meses para entrega pode ser revisto e a nova rodoviária ser inaugurada em até 10 meses depois de iniciada a obra.
A comissão vai aguardar a posição do executivo municipal para seguir com as oitivas.
Além dos vereadores também participaram da reunião, o diretor do Núcleo de Projetos e Desenvolvimento Urbano de Sinop (Prodeurbs), Paulinho Abreu e o diretor da Agencia Reguladora de Sinop (Ager), Jaime Luiz Dalastra.

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